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Mostrando postagens de novembro, 2020

Não se compare. Inspire-se.

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A ação de se comparar com outras vivências é um hábito que atrapalha a sua evolução pessoal. A energia gasta com comparações fatalmente ignora pontos importantes no percurso entre você e outra pessoa. Normalmente se esquecem as intersecções necessárias para entender por que o outro tem algo que você não tem neste momento, ou conquistou algo que você queira, seja conquistas de bens materiais, estéticos ou acadêmicos. A comparação é falha e perigosa porque contamina suas possibilidades de ações, infecta sua determinação e pode te paralisar na sua caminhada. Da mesma maneira que internalizamos quase como um mantra a máxima "só basta querer para você conseguir", devemos começar, não a ressignificar a frase constantemente bombardeada em nossas mentes, desde as canções infantis até a condição adulta, onde o mundo corporativo dissemina falsas meritocracias, mas dessignificar, extirpar este pensamento. Nos vendem massivamente a ideia de que o universo precisa ser disputado pois n...

Nosso corpo não é público.

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  Se fosse dado o direito de escolhas à qualquer mulher brasileira, certamente, uma delas seria poder andar na rua tranquila, sem assédios, sem palavras inoportunas recebidas de homens anônimos e aleatórios, que autorizados pelo machismo e misoginia, sentem-se totalmente possuidores do direito de importunar desconhecidas transeuntes. A brasileira naturalizou os assédios constantes. Não estarei aqui exagerando em nenhum ponto se afirmar que todas, exatamente todas as mulheres que vivem neste país têm alguma experiência com assédios masculinos em suas jornadas. É possível que haja uma ou outra que não saiba descrever como assédio aquelas importunações masculinas nas ruas. Porém, o fato existe, é constante, é diário. A sacralização do corpo feminino é um estorvo para mulheres que têm seus corpos constantemente controlados, seja pela religião, pelo Estado, pela sociedade em geral que ditam regras morais a seguir mediante punição, sejam elas físicas ou simbólicas para aquelas que ...

Rebele-se: aceite seu corpo e derrube o sistema que lucra com sua baixa autoestima.

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Imagina você ter os pés amarrados, fraturados, curvados e, por fim, deformados,  desde a mais tenra infância, para que eles coubessem em sapatinhos que não passavam de 10 centímetros de comprimento e isso lhe conferisse status social, sensualidade, beleza, perante ao padrão de exigência e dedicação sexual masculino. Os pés de lótus foi um costume que se iniciou no século X, nas altas classes chinesas, até virar padrão de beleza disseminado em todas as esferas sociais, e durou séculos, até a prática ser finalmente proibida em meados do século XX naquele país. No século XV, por exemplo, as mulheres deveriam ser mais robustas, de quadris largos, seios fartos; na era vitoriana ( séculos IX), elas deveriam se espremer dentro de espartilhos apertadíssimos para caberem nas exigências de  cintura da época, que não deveria ser maior que 53 cm...  diz-se que daí surgiram, além de graves problemas de saúde com os órgãos internos, dietas estapafúrdias e os primeiros casos regis...